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Bolsonaro convoca ato no Rio em defesa de investigados de 8/1

Bolsonaro quer "um milhão" de pessoas em ato no Rio de Janeiro

Bolsonaro convoca ato no Rio em defesa de investigados de 8/1

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O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou seus apoiadores para um ato público no próximo domingo (16/3), na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro. Durante participação no podcast Flow, na última sexta-feira, Bolsonaro anunciou que a manifestação tem como objetivo principal defender a anistia dos investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e demonstrar apoio à sua pessoa. O evento ocorre em um momento de intensificação das investigações sobre os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.

Detalhes da convocação no podcast Flow

Durante sua participação no podcast Flow na última sexta-feira (14/3), o ex-presidente Jair Bolsonaro fez um apelo direto aos seus apoiadores para comparecerem à manifestação programada para domingo (16/3) na Avenida Atlântica, em Copacabana, Rio de Janeiro.

Apelo aos seguidores

“Convoco todos aqueles que prezam pela liberdade para estar conosco na Avenida Atlântica neste domingo. Vamos fazer uma manifestação pacífica em defesa do nosso Estado Democrático de Direito”, declarou Bolsonaro durante a transmissão ao vivo, que alcançou mais de 300 mil espectadores simultâneos. O ex-presidente enfatizou que o ato deve seguir um caráter estritamente pacífico e pediu aos participantes que não levem faixas ou cartazes com mensagens ofensivas. “Queremos uma manifestação ordeira, sem qualquer tipo de provocação”, ressaltou.

Detalhes logísticos

Durante a entrevista, Bolsonaro também forneceu informações práticas sobre o evento, confirmando que a concentração está marcada para as 10h da manhã em frente ao Hotel Copacabana Palace. O ex-presidente indicou que deve permanecer no local por aproximadamente três horas. A Polícia Militar do Rio de Janeiro foi oficialmente notificada sobre o ato e confirmou que vai mobilizar um efetivo especial para garantir a segurança dos participantes e a organização do trânsito na região.

Objetivos e motivações do ato público

A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro tem como principal propósito pressionar por anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro. O chamamento para o evento, realizado durante participação no podcast Flow, enfatiza a necessidade de “pacificação do país”, segundo palavras do próprio ex-presidente.

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A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

Demandas específicas

Os organizadores estabeleceram três reivindicações centrais para o ato público: a defesa da anistia aos investigados e presos pelos eventos na Praça dos Três Poderes, o apoio ao ex-presidente nas investigações em curso e a manifestação contra o que chamam de “uso político de instituições”. A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 500 mil pessoas na orla de Copacabana, local escolhido para a concentração. O ex-presidente orientou os participantes a não levarem faixas ou cartazes com mensagens contra autoridades ou instituições. “Queremos um movimento pacífico, ordeiro, respeitando os limites da lei e da Constituição”, declarou Bolsonaro durante a convocação. A organização reforçou que apenas bandeiras do Brasil e de estados serão permitidas no evento. A escolha do Rio de Janeiro como local do ato foi estratégica, segundo assessores do ex-presidente, por ser a cidade onde iniciou sua carreira política e onde mantém forte base de apoiadores. As autoridades locais já foram notificadas sobre a realização do evento e prepararam esquema especial de segurança.

Preparativos e expectativas para a manifestação

As autoridades de segurança pública do Rio de Janeiro anunciaram um esquema especial para o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A Polícia Militar destacará mais de 1.000 agentes para garantir a segurança dos manifestantes e a fluidez do trânsito na região de Copacabana.

Esquema de segurança

O comando da PM informou que bloqueios serão instalados nas principais vias de acesso à Avenida Atlântica a partir das 7h de domingo. “Implementaremos um perímetro de segurança com revista aleatória de participantes e monitoramento aéreo através de drones”, explicou o Coronel Ricardo Santos, responsável pela operação. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) divulgou que várias linhas de ônibus serão desviadas e pontos de táxi realocados temporariamente. Moradores da região receberam comunicados sobre as alterações no trânsito local, que deve ser normalizado até as 18h do domingo.

Infraestrutura e apoio

A Secretaria Municipal de Ordem Pública autorizou a instalação de 20 banheiros químicos e dois postos médicos ao longo da Avenida Atlântica. Ambulâncias do SAMU ficarão de prontidão para eventuais emergências. Comerciantes ambulantes cadastrados receberam autorização especial para trabalhar durante o evento, mas com restrições quanto aos produtos comercializados. A Vigilância Sanitária realizará fiscalizações para garantir as condições de higiene na venda de alimentos e bebidas. A previsão meteorológica indica temperatura máxima de 32°C para domingo, com possibilidade de chuvas isoladas. A Defesa Civil manterá equipes de plantão para monitorar as condições climáticas durante toda a manifestação.

Contexto político e repercussões da convocação

A convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro para a manifestação em Copacabana ocorre em meio a um momento de intensificação das investigações sobre sua participação em supostas articulações antidemocráticas. A Polícia Federal realizou 23 operações relacionadas ao caso nos últimos seis meses.

Reações institucionais

O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ofício à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro solicitando informações detalhadas sobre o planejamento e as medidas preventivas para o ato. O órgão ressaltou a necessidade de garantir tanto o direito constitucional de manifestação quanto a segurança pública. Parlamentares da base governista protocolaram representação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a legalidade da manifestação, argumentando que o ato poderia configurar descumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-presidente. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, confirmou que mais de 1.000 policiais militares serão destacados para garantir a segurança do evento. “O estado garantirá o direito de manifestação dentro dos limites legais”, afirmou em nota oficial.

Mobilização nas redes

Nas 24 horas seguintes à convocação no Flow, as menções ao ato nas redes sociais ultrapassaram 2 milhões de interações, segundo levantamento da empresa de monitoramento digital Torabit. A hashtag #Copacabana16M alcançou o topo dos trending topics no X (antigo Twitter). Grupos de apoiadores em aplicativos de mensagem organizaram caravanas partindo de diferentes estados. A Polícia Rodoviária Federal informou que monitora o deslocamento de ônibus e veículos com destino ao Rio de Janeiro para evitar bloqueios nas rodovias federais. Lideranças empresariais e religiosas alinhadas ao ex-presidente também manifestaram apoio ao ato, organizando mobilizações em suas bases. O setor hoteleiro da região de Copacabana registrou aumento significativo nas reservas para o fim de semana do evento.

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Investigações do 8 de janeiro e pedidos de anistia

A Polícia Federal intensificou nos últimos meses as investigações sobre os atos de 8 de janeiro, com mais de 1.800 pessoas indiciadas até o momento. Os inquéritos em andamento apuram desde a participação direta nos ataques aos prédios públicos até possíveis articuladores e financiadores.

Desdobramentos judiciais

O Supremo Tribunal Federal já proferiu as primeiras sentenças relacionadas aos eventos, com penas que variam de 3 a 17 anos de prisão. Segundo dados do STF, 30 réus foram condenados até agora, enquanto outros 250 casos aguardam julgamento. A Procuradoria-Geral da República apresentou na última semana mais 150 denúncias contra investigados. “As investigações continuam avançando na identificação de todos os responsáveis”, afirmou o subprocurador Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos.

Pedidos de anistia

Tramitam atualmente no Congresso Nacional sete projetos de lei que propõem diferentes formas de anistia aos investigados. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), autor de uma das propostas, argumenta: “É necessário pacificar o país e evitar que brasileiros sejam tratados como terroristas por participarem de manifestações”. A Ordem dos Advogados do Brasil manifestou-se contrária às propostas de anistia. Em nota oficial, a entidade declarou que “a concessão de anistia aos responsáveis por atos contra as instituições democráticas representaria um grave precedente para o Estado de Direito”. Os dados mais recentes da investigação apontam que R$ 40 milhões em prejuízos foram causados ao patrimônio público durante os ataques. A Advocacia-Geral da União move ações de ressarcimento contra os acusados de financiar e participar dos atos.

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Ango Silva, nascido no brasil em 1978, é um jornalista com uma carreira consolidada, marcada pela profundidade na cobertura de temas políticos e econômicos. Sua trajetória profissional teve início em 1999 na Rádio JB FM, onde atuou até 2010. Ao longo de sua carreira, Ango Silva destacou-se como correspondente internacional, cobrindo eventos de grande relevância,Sua dedicação e excelência foram reconhecidas com o Prêmio Maboque de Jornalismo, concedido duas vezes, e uma menção honrosa no Prêmio Kianda, na categoria de jornalismo econômico. Com uma formação que inclui um curso intensivo de jornalismo na Solidarity School of the Union of German Journalists em Berlim (1994), um estágio profissional na Deutch Welle em Colônia (1990) e cursos de técnicas jornalísticas com o BBC Training Center em Londres,

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